Da inquietude ao propósito: um novo capítulo profissional
- Sofia Fernandes
- 15 de out.
- 2 min de leitura
Houve muitos dias em que me olhava ao espelho e sentia que aquela pessoa que se levantava da cama todos os dias já não se reconhecia no caminho que estava a percorrer. Podia ser uma pessoa que me esgotava, um email urgente que afinal era só necessário, uma reunião repetitiva que podia ser um email... e, de repente, tudo pesava.
A transição de carreira nasce desse peso, dessa sensação de que é tempo de mudar (e de uma coragem que fala connosco num volume muito baixo, porque quem grita é o medo...).
Após tantas voltas, aprendemos que fazer diferente não é fugir do que fizemos, mas honrar o que fomos para ir além.
Mas como dar o primeiro passo, sem cair no abismo da incerteza?
1. Escutar o coração: dar espaço para o silêncio, para fazer perguntas profundas.
2. ''Conhecer-se'' de novo: coragem para listar o que fizemos bem e o que nos esgotou.
3. Tentar, errar, tentar, errar melhor: aceitar pequenos ensaios, mexer nas margens antes da revolução.
4. Acolher o fracasso possível: errar não é fraqueza, é parte do caminho.
E como não somos ilhas nesta travessia, podemos ter ao lado um mentor. Alguém que já trilhou esse mesmo caminho desconhecido.
A mentoria é aquele porto seguro onde encontramos luz no nevoeiro. Uma relação onde o mentor lê as linhas do nosso «não sei», aponta possibilidades que não vemos, ajuda a equilibrar a nossa ambição quando duvidamos e impulsiona-nos com o seu suporte.
Porque a transição (tantas vezes tão temida), pode ser um terreno fértil, um espaço onde o incerto floresce. E cada passo, por mais pequeno que pareça, vai ajudar-nos a construir o novo mapa do nosso propósito.




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