UNIQUENESS
- Pedro Graça

- 15 de out.
- 2 min de leitura

Ser único e manter a autenticidade é ter a capacidade de viver de uma forma alinhada com quem somos, mesmo quando o mundo nos empurra para o contrário.
Não é excentricidade nem egocentrismo, é deixar de tentar caber num molde e passar a ser o molde. Num mundo que copia, quem cria destaca-se.
Vivemos numa era de comparação permanente. As redes sociais tornaram a uniformidade confortável e todos querem ser parecidos com o que é «bem-sucedido» (seja lá isso o que for).
Um estudo, recentemente divulgado pela Deloitte, indica que 62% dos profissionais afirmam valorizar mais as marcas e os líderes que se mostram humanos e únicos, mesmo com imperfeições. Ou seja: quem se mostra de forma genuína é mais lembrado, respeitado e seguido.
Singularidade, é uma força de valor. Ser único, é uma vantagem competitiva.
A criatividade é, assim, uma consequência natural da autenticidade e é considerada pela World Economic Forum como uma das três competências mais valiosas para o futuro do trabalho. Na vida pessoal e profissional, as pessoas que abraçam a sua singularidade têm níveis de autoestima e de propósito muito mais elevados.
Quando nos anulamos para agradar, para caber, ficamos invisíveis. E não exercer a nossa singularidade, no fundo, é estar a viver a vida dos outros. É seguir carreiras, opiniões, estilos ou relações, que não nos pertencem. E isso, a médio prazo, gera frustração e burnout identitário, por passar tanto tempo a fingir.
É fundamental saber distinguir o que nos move, o que nos irrita, o que nos inspira e ter coragem para assumir as diferenças em vez de as esconder. Ter coerência nas pequenas escolhas, que refletem quem somos, mesmo em ambientes que pedem conformidade.
Sobretudo, porque a nossa singularidade expande-se, ela não é um ponto fixo, é um caminho. Nem é ser melhor do que os outros, é apenas ser inteiro - paradoxalmente, é quando conseguimos ser mais valiosos para o «nosso» mundo.
Personalizar a formação
Actualmente, um dos nossos maiores desafios, é personalizar a formação/conteúdo que entregamos. Porque parece que viemos para complicar aquilo que já se fazia muito bem quando nós chegámos.Mas personalizar é humanizar e começa quando deixamos de tentar encaixar as pessoas em moldes, e criamos espaços para o que cada uma traz e acrescenta às organizações.
Pode ter um tom um bocadinho provocador, mas serve para dizer o mais simples: todos queremos ser vistos e tratados como seres únicos.
No fim, é isso que muda tudo, e é isso que faz mudar tudo, de dentro para fora.




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